No exercício de incluir e organizar o que dizer sobre a arte e sua história, criam-se narrativas que explicam o passado de modo que ele faça sentido em nosso tempo. No presente em constante transformação, tais narrativas são atualizadas, reescritas. Toda história, então, é subjetiva, tanto um produto da época e lugar em que foi escrita quanto a evidência do passado que ela refrata.

​

Um caminho em meio à instabilidade de definições de arte, como aquelas de beleza, é propor que a arte se distingue principalmente por sua  capacidade de causar, desconsertar e/ou abraçar os espectadores. Espiral, fractal, tempo(s) dobrado(s); o fazer artístico na contemporaneidade valoriza mais as ideias e o processo artístico em detrimento da forma final ou do objeto, cadências que movem corpos, dilatam e contraem espaços e, portanto, não cabem em cronologias ou sequências. 

​

É neste sentido, que os estudantes de Licenciatura em Artes Visuais da Fundação Universidade Regional de Blumenau - FURB, no componente curricular Arte Europeia ministrado pela Profa. Dra. Carla Carvalho, que neste semestre, teve participação da Ma. Fransuê Ribeiro, articulam diversas semióticas numa prática artística e experimental no território expandido. Com densidade política e histórica, as obras artísticas e estéticas, tencionam passado e presente, silenciamento e liberdade, uma reflexão sobre como diferentes registros de temporalidade podem engendrar outros modos de produzir, sentir, expor e se relacionar com as práticas artísticas.